quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Míscaros_10 - UXU Kalhus


E eis que passaremos a fazer alguma divulgação de grupos e eventos que se irão realizar no Míscaros_10 - Festival do Cogumelo. eis a primeira banda que vos mostramos e que estarão nas ruas do Alcaide a animar os dias de Novembro.

São os UXU Kalhus

Nasceram em 2000 com o objectivo inicial de divulgar as danças portuguesas em França. Cedo revelaram a sua vocação de grupo folk português algures entre os universos da Fusão e das Músicas do Mundo. As composições do grupo alternam arranjos de sonoridades que acompanham as danças portuguesas (raramente utilizadas fora do universo folclórico tradicional) com influências diversas de cada um dos seus elementos para obter um resultado original no panorama nacional e internacional. A sua maior força é a prestação contagiante ao vivo, que incita o público a dançar e a explorar o folk nacional.


Entre mais de 350 bailes/concertos em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Macau e Itália, houve a necessidade de registar as criações sonoras em dois cd´s. No primeiro - A Revolta dos Badalos de 2006, o Malhão, a Erva cidreira, o Mata Aranha, o Saraquité ou o Regadinho adquirem uma dinâmica nova, fracturante, com ritmos de bateria, baixos jazzísticos e arranjos com influências Afro, Ska, Rock, Drum n´Bass e Hip Hop. Com o segundo álbum Transumâncias Groove de 2009, a "revolução" na música tradicional dá ainda mais um passo no aprofundar do Folk nacional, com originais do grupo para danças como o Vira, o Corridinho e as Saias.


São compostos pela Joana Margaça (voz), Paulo Pereira (sopros), André Lourenço (teclas), Tó Zé (guitarras), Eddy Slap (baixo) e Luís Salgado (bateria).


“Não sabemos de onde vêm nem para onde vão; importante é o percurso feito por vales e montanhas, veredas e caminhos, desertos e oceanos, onde as paisagens se confrontam, os odores se multiplicam, os sabores se desvendam e os sons se insinuam. É de tudo isto, e o que mais a imaginação acrescenta, que se faz a sua música, desinquieta, transgressora, até mesmo subversiva. Com este verdadeiro manifesto em forma de música decreta-se o direito à autodeterminação do Folk Português."


Armando Carvalheda, Viva a Música


A Revolta dos Badalos é o cartão de visita perfeito para um projecto que só se completa verdadeiramente ao vivo. É no bailarico, no pezinho de dança, que a banda se expressa como um todo. Mas então, há festa em "A Revolta dos Badalos" ou não há? Há e da grossa! (..) ...lava o corpo, lava a alma...entre originais e versões, este é um disco de uma energia superior, purificadora de almas em stress, almas cansadas da dureza e frieza dos dias. "A Revolta dos Badalos" descontrai...pacifica. (..) É absolutamente divinal como de uma raiz puramente tradicional, o grupo parte para uma revolução feita da reinvenção dessa tradição rumo ao presente, ao futuro. O caldeirão do mundo...influências, músicas, instrumentos... um caldeirão bem mexido e pronto a usar.”


Rui Dinis, Blog A Trompa


Transumâncias Groove mantém intactas as mesmas intenções de, por um lado, aprofundar as várias danças portuguesas, contextualizando-as no grande caldeirão das tradicionais europeias, e por outro lado, de continuar a sua “transumância” errante por várias geografias (Itália, Cabo Verde, Brasil, Índia) e por múltiplas linguagens musicais (da música tradicional portuguesa ao metal), alicerçadas por um espírito comum ao colectivo: o da improvisação.


Luís Rei, Terra Pura

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